Carl
Von Cosel nasceu em Dresden, na Alemanha. Era considerado um homem maduro, bem
instruído e dono de títulos. Em 1927, aos 50 anos, decidido a começar nova
vida, emigrou para os Estados Unidos indo residir na cidade de Key West, na
Flórida. Rapidamente começou a trabalhar em um hospital da Marinha, como médico
onde se apaixonaria pela jovem Maria Elena de Hoyo de 22 anos.
Carl
acreditava que ela estaria "destinada" a casar consigo – em sonhos,
ele viu o rosto da sua "prometida". (Olha que loucura gente)
Arrebatado
por uma paixão avassaladora, Carl procurou cuidar de sua amada até morrer,
também. Ele a conheceu quando trabalhava em um hospital dos EUA. Ela se
encontrava fragilizada pela tuberculose que
insistia em lhe sorver vida. Elena não resiste à doença e falece causando
mudanças de hábito de Carl. Obcecado e sentindo-se frustrado por não conseguir
salvar a vida do seu amor platônico, fez de tudo para conservar seu corpo –
mantendo, inclusive, relações sexuais com sua "noiva" cadáver.
Elena, de fato, tratava-se de uma bela e adorável jovem. Modelo cubana e filha de um comerciante de fumo, encontrava-se estabelecida na Flórida com sua família. Em 1930, Elena contraiu tuberculose. Seu pai, aproveitando-se da amizade com um médico do hospital da Marinha, subornou este e conseguiu que Elena fosse internada, valendo-se de vasto leque de exames médicos no melhor hospital do condado.
Sobre a primeira vez que a vira, Carl registrou: "[Elena] vestia um vestido colorido de primavera cuidadosamente passado. Ao redor de seu pescoço um colar de pérolas artificiais. Tinha pernas esbeltas, um cabelo negro liso e longo que balançava sobre seus suaves e bronzeados ombros. Ele [cabelo] evitou seus olhos, mas não seus seios que insistiam em pular nervosamente no decote por culpa da maldita tosse."
A relação dos dois era meramente médico-paciente, contudo, Carl alimentava esperanças quanto a Elena. Procurou cuidar dela a todo custo, sendo seu ombro amigo enquanto sua vida se esvaia. "Era um homem afável e de trato fácil que surpreendia por sua inteligência e habilidades".
Elena morreu três meses depois em 25 de outubro de 1931. Quando por ocasião do seu enterro, Carl convenceu a família da jovem a construir um mausoléu. O cadáver foi depositado em um caixão metálico que continha dutos para o fornecimento de formol e outras substâncias. Instalou um telefone no mausoléu para falar com ela enquanto não estava, Carl passou a visitar o mausoléu todas as noites até que um dia parou. Ele havia levado o cadáver da jovem para sua casa.
"Durante os seguintes sete anos, Von Cosel fez tudo de humanamente possível para manter a sua amada próxima dele; em corpo e alma. Amarrou os ossos com cordas de piano, preencheu seus órgãos desidratados com trapos empapados em líquido embalsamador e canela chinesa. Parte por parte, foi fortalecendo sua pele com trechos de cera e seda, construindo uma máscara de sua face que lhe servia de molde nas manutenções. Tratava regularmente sua pele com loções, poções e eletro-terapia mediante a bobina de Tesla. Substituiu sua podridão com olhos de vidro, e fabricou uma peruca com os cabelos que perdeu durante tanto tempo. Vestiu-a com um traje de casamento, véu de renda branco, tiara e alianças e, depois de perfumá-la com azeites, ninava-a em sua cama com as melodias que tocava no órgão de fabricação caseira." Carl também introduziu um canal para simular a vagina e ser possível saciar seu apelo sexual fúnebre.
Quando a doentia história foi descoberta, quando sua irmã sem querer tropeçou no cadáver, Carl foi preso. A história do obsessivo Carl Von Cosel e sua "boneca cadáver" – como ficou conhecida – gerou horror e compaixão na sociedade. Quando preso, dois admiradores pagaram a fiança de 1.000 dólares e Cosel foi libertado para responder ao processo em liberdade. A funerária para onde o corpo de Elena foi levado tornou-se "ponto turístico". O resto do cadáver foi exibido por três dias e mais de 6.000 visitaram-no.
Muita gente se sensibilizou com o radiologista, afirmando que ele tinha feito algo demasiadamente romântico. Os fãs levaram presentes e apoio. Também teria recebido a oferta de um grupo de prostitutas cubanas – os serviços seriam gratuitos.
Apesar da prisão, o delito de Carl prescreveu e ele foi posto em liberdade. Estranhamente, foi declarado sensato. "O amor de Carl por Elena foi interminável e assim permaneceu, inquebrantável. Em 3 de julho de 1952 Carl foi encontrado morto abraçado a uma efígie de cera de tamanho natural de sua amada."
Cego por sua obsessão, Carl perdeu sua personalidade e virou marionete dos seus sentimentos e alucinações. Uma mórbida história de um amor que se iniciou onde os demais findam. Amor impossível entre um cadáver e seu raptor.
Elena, de fato, tratava-se de uma bela e adorável jovem. Modelo cubana e filha de um comerciante de fumo, encontrava-se estabelecida na Flórida com sua família. Em 1930, Elena contraiu tuberculose. Seu pai, aproveitando-se da amizade com um médico do hospital da Marinha, subornou este e conseguiu que Elena fosse internada, valendo-se de vasto leque de exames médicos no melhor hospital do condado.
Sobre a primeira vez que a vira, Carl registrou: "[Elena] vestia um vestido colorido de primavera cuidadosamente passado. Ao redor de seu pescoço um colar de pérolas artificiais. Tinha pernas esbeltas, um cabelo negro liso e longo que balançava sobre seus suaves e bronzeados ombros. Ele [cabelo] evitou seus olhos, mas não seus seios que insistiam em pular nervosamente no decote por culpa da maldita tosse."
A relação dos dois era meramente médico-paciente, contudo, Carl alimentava esperanças quanto a Elena. Procurou cuidar dela a todo custo, sendo seu ombro amigo enquanto sua vida se esvaia. "Era um homem afável e de trato fácil que surpreendia por sua inteligência e habilidades".
Elena morreu três meses depois em 25 de outubro de 1931. Quando por ocasião do seu enterro, Carl convenceu a família da jovem a construir um mausoléu. O cadáver foi depositado em um caixão metálico que continha dutos para o fornecimento de formol e outras substâncias. Instalou um telefone no mausoléu para falar com ela enquanto não estava, Carl passou a visitar o mausoléu todas as noites até que um dia parou. Ele havia levado o cadáver da jovem para sua casa.
"Durante os seguintes sete anos, Von Cosel fez tudo de humanamente possível para manter a sua amada próxima dele; em corpo e alma. Amarrou os ossos com cordas de piano, preencheu seus órgãos desidratados com trapos empapados em líquido embalsamador e canela chinesa. Parte por parte, foi fortalecendo sua pele com trechos de cera e seda, construindo uma máscara de sua face que lhe servia de molde nas manutenções. Tratava regularmente sua pele com loções, poções e eletro-terapia mediante a bobina de Tesla. Substituiu sua podridão com olhos de vidro, e fabricou uma peruca com os cabelos que perdeu durante tanto tempo. Vestiu-a com um traje de casamento, véu de renda branco, tiara e alianças e, depois de perfumá-la com azeites, ninava-a em sua cama com as melodias que tocava no órgão de fabricação caseira." Carl também introduziu um canal para simular a vagina e ser possível saciar seu apelo sexual fúnebre.
Quando a doentia história foi descoberta, quando sua irmã sem querer tropeçou no cadáver, Carl foi preso. A história do obsessivo Carl Von Cosel e sua "boneca cadáver" – como ficou conhecida – gerou horror e compaixão na sociedade. Quando preso, dois admiradores pagaram a fiança de 1.000 dólares e Cosel foi libertado para responder ao processo em liberdade. A funerária para onde o corpo de Elena foi levado tornou-se "ponto turístico". O resto do cadáver foi exibido por três dias e mais de 6.000 visitaram-no.
Muita gente se sensibilizou com o radiologista, afirmando que ele tinha feito algo demasiadamente romântico. Os fãs levaram presentes e apoio. Também teria recebido a oferta de um grupo de prostitutas cubanas – os serviços seriam gratuitos.
Apesar da prisão, o delito de Carl prescreveu e ele foi posto em liberdade. Estranhamente, foi declarado sensato. "O amor de Carl por Elena foi interminável e assim permaneceu, inquebrantável. Em 3 de julho de 1952 Carl foi encontrado morto abraçado a uma efígie de cera de tamanho natural de sua amada."
Cego por sua obsessão, Carl perdeu sua personalidade e virou marionete dos seus sentimentos e alucinações. Uma mórbida história de um amor que se iniciou onde os demais findam. Amor impossível entre um cadáver e seu raptor.