quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Seriais Killer : Comportamento

Como o post da Mary Bell teve diversas visualizações, trouxe hoje uma análise de comportamento típico dos serias, claro que nem todos tem o mesmo perfil, mas achei bem interessante:

Um serial killer é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa frequência, geralmente seguindo um mesmo modo e às vezes deixando sua "assinatura", como por exemplo coleta da pele das vítimas
Curiosamente, os Estados Unidos, com menos de 5% da população mundial, produziu 84% de todos os casos conhecidos de serial killers desde 1980.
Muitos dos que foram capturados pareciam cidadãos respeitáveis - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade - até que seus crimes foram descobertos.
Geralmente os serial killers demonstram três comportamentos durante a infância, conhecidos como a "Tríade MacDonald": fazem xixi na cama, causam incêndios, e são cruéis com animais.
A melhor definição de assassinato serial foi publicada pelo Instituto Nacional de Justiça em 1988: "Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de tempo que varia desde horas até anos. Quase sempre o motivo é psicológico, e o comportamento do infrator e a evidência física observada nas cenas dos crimes refletiram nuanças sádicas e sexuais".
Existem basicamente dois tipos de serial killers: os do "tipo organizado", sujeitos que normalmente exibem inteligência normal e conseguem se inserir bem à sociedade, são muito mais difíceis de serem pegos, visto que planejam seus crimes, não costumam deixar provas e podem ter uma vida aparentemente normal com esposa/marido, filhos e emprego, muitas vezes de alto nível, podem chegar mesmo a concluir nível superior. Já os "tipo desorganizados", são impulsivos, não planejam seus atos, costumam usar objetos que encontram no local do crime e muitas vezes os deixam para trás deixando muitas provas.
Apesar de serem referências de um modelo patológico de agressão, a personalidade sociopática necrófila e/ou sádica , tal como diagnósticado por Fromm as características sádicas do cangaceiro brasileiro, vulgo Lampião (1898 — 1938) e outros personagens históricos tipo os imperadores romanos Nero (54 - 68) e Calígula  (37 - 41) tem que ser devidamente contextualizados política e sócioculturalmente antes de tentativa de enquadramento num dignóstico psiquiátrico de psicopatia ou perversão.  
Essa contextualização é o que permite diferenciar o matador contumaz e lúcido, que na época e local ou grupo social, onde viveram são considerados normais ou líderes, do serial killer isolado socialmente não diferenciados por quantidades de mortes que produzem (não considerando o efeito multiplicador da sua condição de líder) ou natureza de sua agressividade sádica.
Muitos eram abusados, espancados durante a infância, isso servia também para desencandear o desvio de conduta social. (Expliquei sobre sociopatia nos posts anteriores).

Vou ver se amanhã deixo de presente de natal a biografia de mais algum serial killer aqui.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mensagem de Fim de ano!!!

Trouxe a todos uma mensagem de fim de ano, e que 2011 venha cheio de paz, alegrias e aqueles votos que sempre fazemos:



Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, as quais se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo - a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer indivíduo se cansar e entregar os pontos.
Ai entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra frente tudo vai ser diferente...
(Carlos Drummond de Andrade)




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Serial Killer: Mary Flora Bell

Resolvi postar alguns casos de seriais killer aqui, e para inaugurar, trouxe a Mary Flora Bell, motivo: a mais jovem serial killer da história.

Mary Bell nasceu na inglaterra, em 26 de maio de 1957, Filha de mãe solteira,viciada em drogas, prostituta e mentalmente perturbada, foi sexualmente abusada, era obrigada a se prostituir com a mãe entre os 4 e 8 anos de idade. Betty a obrigava a fazer sexo anal e oral com homens (Choquei com isso).
Mary era filha de Betty McCrickett e Billy Bell, embora não se possa afirmar ao certo sua paternidade. Durante a infância, sua mãe teria tentado assassiná-la pelo menos uma vez. A mãe chegava a lhe dar drogas, Mary chegou a dar entrada em um hospital com overdose, mas os médicos conseguiram salvar sua vida. Mary, apelidada May desde cedo, era a filha mais velha de Betty, nascida quando esta contava com dezesseis anos. Acredita-se que Mary tivesse um bom relacionamento com seu pai - fosse biológico ou não. No entanto, Bell seria preso por assalto armado.
Mary apresentava um comportamento psico desde a infância, a menina nunca chorava ao se machucar, gostava de torturar suas bonecas e viu um coleguinha morrer atropelado e não demonstrou sentimentos.

(Carinha angelical né? )

Ela foi condenada por asfixiar Martin Brown de três anos de idade em 25 de maio de 1968 e joga-lo do segundo andar de uma casa abandonada um dia antes de seu 11º aniversário. Matou ajudada pela amiga Norma Bell, que não era sua parenta. Dois meses depois matou Brian Howe de quatro anos de idade, a polícia de Newcastle rejeitou o incidente como uma brincadeira. Em 31 de julho de 1968, Pat, irmã mais velha de Brian Howe, estava procurando por ele. Brian, um menino de  cabelos loiros, nunca saia para longe de casa. Mary e Norma se prontificaram a ajudar Pat a encontrá-lo. Andaram com Pat por todo o bairro, elas sabiam muito bem desde o início, onde estava Brian. Cruzaram a linha do trem até chegar à zona industrial, onde as crianças costumavam brincar entre os materiais de construção. Pat estava muito preocupada com seu irmão Brian, até porque Martin Brown tinha sido encontrado morto poucas semanas antes, em uma casa abandonada. Mary apontou para alguns blocos de concreto e disse que ele poderia estar brincando com os blocos. Na verdade, Brian estava morto, deitado entre os blocos. Mary queria que Pat encontrasse seu irmão morto porque queria ver o olhar de choque no rosto de Pat. (Que horror)
Pat decidiu ir embora e a polícia encontrou o corpo naquela noite. Brian foi encontrado coberto com grama. Ele foi estrangulado e ao seu lado tinha uma tesoura quebrada jogada na grama, ele tinha marcas nas coxas e genitais parcialmente isoladas. Pedaços de seus cabelos tinham sido cortados, e possuía enormes hematomas. Brian foi marcado na barriga, com a letra "M", aparentemente causado por uma lâmina de barbear. Esta marca a princípio era uma letra "N", mas uma quarta marca foi feita dias mais tarde para fazer a letra "M". No verão de 1968, os moradores de Scotswood estavam em um estado de pânico, a polícia interrogou todas as crianças de três a quinze anos. Os adultos foram questionados se o acidente de Martin Brown, também tinha sido assassinato. Entre os suspeitos estavam as crianças Mary Bell, de 11 anos e Norma Bell, de 13 anos. Mary estava agindo de forma estranha, Norma estava emocionada com o assassinato.
Como as meninas eram muito jovens e seus depoimentos contradiziam nenhuma delas era inteiramente clara. A morte de Martin Brown a princípio tinha sido julgada como um incidente pela falta de provas. Depois, ligaram sua morte a morte de Brian Howe e em agosto, as duas meninas foram acusados de dois crimes de homicídio culposo. No caso de Martin Brown, que foi encontrado morto deitado no chão, com vários arranhões e com a cabeça sangrando. Mary Bell confessou que, juntamente com a Norma levou o menino levado a um prédio e, quando ele estava de pé sobre um muro, Mary o empurrou, a criança permaneceu imóvel no chão, mas consciente, Mary e Norma não quiseram juntar ele enquanto ele estava machucado, mas ainda vivo. Mary disse que colocou as mãos em volta do pescoço e apertou muito, disse que ele tentou se defender, mas que ela era mais forte e que só parou de apertar quando viu que ele morreu. Ela achou isso divertido.
Entre outras declarações chocantes, Mary disse: "Eu gosto de ferir os seres vivos, animais e pessoas que são mais fracos do que eu, que não podem se defender." Essa declaração chocou a todos.Em 17 de dezembro de 1968, Norma foi absolvida, mas Mary foi condenada por "homicídio involuntário devido seu desvio de comportamento", o júri tomou a decisão de seu diagnóstico após análises de psiquiatras, que a descreveram com a indicação de "sintomas clássicos de psicopatologia".
Na declaração oficial de Mary, ela mencionou a tesoura que foi encontrada ao lado do corpo, que era prova confidencial quando ela foi indiciada e presumia-se que Mary e Norma tinham envolvimento na morte dos 2 meninos. Norma foi interrogada pela segunda vez e confessou que Mary disse que matado Brian, e em seguida a levou para ver o corpo, advertindo para não contar a ninguém. Quando foi ver Brian, sabia que ele estava morto, pois seus lábios estavam roxos, Mary passou os dedos sobre os lábios de Brian e disse que ele tinha gostado.
Ao concluir o seu interrogatório, a polícia não perdeu tempo e foi atrás de Mary, ela parecia muito calma e para Mary  se refletir em um jogo de polícias e ladrões e nada fez seu nervoso, como ela sabia o que estava indo para acontecer e que o processo de polícia. Ela foi condenada a pela coroa britânica, que deu a ela uma sentença de prisão por tempo indeterminado.
 Desde a época de sua condenação em diante, Mary foi o foco de uma grande atenção da imprensa britânica e também da revista alemã Stern.
 Ela também foi acusada de tentar estrangular quatro outras meninas. Foi responsável pela vandalização da enfermaria escolar e de escrever ameaças nas paredes. Considerada culpada de homicídio involuntário em 17 de dezembro de 1968
 A mãe dela vendeu várias histórias sobre sua vida para a imprensa e muitas vezes forneceu para repórteres escritos que ela afirmava ser de Mary. Bell voltou a ser manchete em setembro de 1979, quando ela tentou fugir da prisão de Moore, onde tinha sido presa desde a sua transferência de uma instituição de jovens delinqüentes para uma prisão de adultos no ano anterior.

 Aparentemente recuperada e curada, Maria foi libertada aos 23 anos em 14 de maio de 1980, após ter ficado presa por 12 anos, seu primeiro emprego foi numa enfermagem local para crianças, mas ficou claro que era inadequado para ela aquele trabalho. Ele então voltou para casa com sua mãe e conheceu um rapaz que a engravidou, mas a polêmica era se a mulher que matou duas crianças poderia ser mãe. Ela lutou pelo direito de ser mãe, argumentou que era outra pessoa, estava curada e lamentava o que tinha feito na sua infância, sua filha nasceu em 1984.
 Mary alegou que desde o nascimento de sua filha tomou consciência dos crimes que cometeu, que de algum modo uma transição ocorreu no seu interior, devido a um tratamento adequado, ele passou de uma menina assassina a uma mãe amorosa. Pode isto ser possível?
(Creio que foi porque nunca teve o amor de sua mãe).
Foi concedido o anonimato para começar uma nova vida (sob um novo nome) com sua filha, que tinhas nascido em 1984. Esta filha não sabia do passado de sua mãe, até sua localização ser descoberta por repórteres e ela e sua mãe tiveram que deixar a casa com roupa de cama sobre suas cabeças. O anonimato da filha foi originalmente protegido até que ela atinja a idade de 18 anos. No entanto, em 21 de maio de 2003, Bell venceu uma batalha judicial que elevou seu anonimato e da sua filha para a vida toda. Ela conheceu um homem por quem se apaixonou se mudou para uma cidade pequena, mas as pessoas focaram da sua presença e logo os moradores da cidade organizaram marchas, exigindo que a assassina fosse embora. Mary Bell vai ter que viver eternamente com medo exibição.
Hoje em dia ela se garante curada e diz: “se havia algo quebrado em minha cabeça, isso foi concertado”.
Será que se a psicopatia for descoberta na infância ela tem cura?

Bell é tema de dois livros de Gitta Sereny, The case of Mary Bell e Cries Unheard: The Story of Mary Bell (Gritos no vazio: A história de Mary Bell).
Vinte e sete anos depois de sua condenação, em 2007 e após a morte de sua mãe, ela aceitou falar à jornalista Gitta Sereny sobre sua infância. O resultado é uma biografia chamada "Gritos no Vazio".


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Freaks : Polêmico e Assustador!!!

Fiquei um tempo sem postar (provas finais e muita coisa pra fazer no trabalho).
Prometo me dedicar mais ao blog nessas férias.
Já disse anteriormente que sou apaixonada por cinema, principalmente filmes antigos, há quem diga que os filmes só por serem preto e branco são assustadores, então porque não o mais assustador deles:


Freaks é um filme de terror produzido em 1932 pelo diretor Tod Browning, atualmente considerado o mestre do horror (é o mesmo diretor de drácula).
Baseado num conto de Tod Robbins o filme causou um grande impacto na época, seus atores eram criaturas disformes, as populares aberrações, ou como são chamados nos EUA, os freaks, até hoje lá é comum ouvimos a expressão freak show.
O início do filme já explicita a dificuldade enfrentada pelos freaks "vocês verão aberrações que respiram feito seres vivos". Apesar de se passar há quase 80 anos, Browning retrata muito bem um poblema que até hoje vivemos, a sociedade de aparências.

No filme a belíssima Cleópatra, trapezista do circo é amanda por Hans o anão, mas ama o belo Hércules. Ao saber que Hans herdou uma fortuna ela se casa com Hans e juntamente com Hércules planeja matar o pequenino, no início os freaks tratam bem Cleópatra, aceitando-a como se fosse uma dele (O gooble gooble cantando por eles virou quase um mantra pra mim hahaha).
Mas Cleopatra humilha Hans na frente de todos e explusa os Freaks, chamando-os de aberrações repugnantes, o pequeno percebe seu erro e a vê beijar Hércules na sua frente.
Mas o que ela não sabia é que os Freaks, para se proteger do preconceito alheio tem um código de proteção entre eles, e agora ela terá que arcar com isso...


No filme não foi usado maquiagem, exceto por uma ceninha no final, (que é claro não vou contar), os produtores tiveram que vencer o preconceito ao conviver com criaturas disformes no estúdio.
Apesar da história clichê hoje em dia, Freaks foi um dos filmes mais criticados na época, imaginem só, nos anos 30, sociedade moralista, exibir um filme crítico e cheio de aberrações.
O jornal Harrison's Report escreveu sobre o filme: "Todos que consideram isto diversão, mereciam ser enfiados no serviço de patologia de qualquer hospital" .
O que o filme menos pode ser considerado é doentio, o título que recebeu em português é Freaks: Os monstros somos nós mesmos, enquanto os considerados belos não tem nenhum caráter, os freaks por sua vez se unem para enfrentar os preconceitos, ofensas e gozações e exclusão social.
O filme teve tanta repercussão, que uma mulher acusou o filme de ter lhe povocado um aborto durante a exibição, o filme foi reeditado e perdeu 20 min. de exibição, nas cenas que os freaks castram Hércules e um raio atinge Cleópatra (tive que contar um pedaço, desculpem. Vi para vender um dvd com esse final editado, to esperando chegar, ai disponibilizao para vocês).


(Cleópatra e Hans)

Após tal problema o filme foi proibido e passou 30 anos trancafiado, houve quem dissesse que ele havia acabado com a carreira de Browning, somente nos anos 60 que ele foi redescoberto pelos cinéfilos e foi conhecido pela população. Os fãs de filmes cult encontram em Freaks um prato cheio e apetitoso, e até mesmo para os não fãs, o filme nos deixa uma bela lição: Não julgar os outros pela aparência e sim pelo caráter.
Adoro o filme e me senti contagiada pelo carisma dos "montrinhos" e do palhaço Perruzo e de Vênus, que são pessoas normais que tratam os freaks com carinho e respeito, chegando a defendê-los. Mostrando que apesar dos pesares, as barreiras do preconceito podem ser rompidas.

Para quem tiver interesse em assitir, nesse site há o filme disponível e assim que puder posto o final editado para vocês:


freaks.jpg
(Elenco desse filme maravilhoso)