terça-feira, 19 de junho de 2012

Resumo do Livro: Preconceito Linguístico, O que é, Como Faz

Remexendo em pastas velhas, encontrei um trabalho do primeiro período (é faz muuuiito tempo).
Resolvi postar pois o tema é interessante, acho uma tremenda falta de educação corrigir uma pessoa que fala errado, ainda mais em público como já vi pseudo-intelectuais fazerem.
De maneira simples o autor Marcois Bagno nos mostra que não existe português errado e sim uma lingua que passa por variações regionais, sociais e econômicas.

 
(Imagens do Livro)


A principal preocupação do autor é tentar derrubar preconceitos comuns em nossa língua.
Podemos perceber essa intenção na capa, quando o autor faz uma homenagem aos sogros, que segundo ele por serem, negros, pobres, analfabetos e nordestinos, eram um “prato cheio” para os preconceitos da sociedade. E sua sogra ainda por ser mulher numa cultura machista. Quando ilustra as fotos da família após 30 anos, nos dá a idéia da passagem do tempo. Coisa que deveria ocorrer na nossa língua. Mas infelizmente não ocorre.
Com uma linguagem direta e simples o autor nos mostra que a idéia que “só fala se fala bem português quem estuda a gramática” não passa de pura simbologia. O português é nossa língua materna e a aprendemos desde que começamos a falar.
Quando o autor cita essa democratização da língua é derrubar o mito do que é certo ou errado, que fulano fala melhor que cicrano. Entender as diferenças entre a língua e a gramática. A língua todos sabem e a gramática surge como um padrão. Mesmo que não utilizem regras perfeitas de concordância ou falem de um jeito diferente da ortografia, isso não muda o fato que a pessoa sabe falar nossa língua.
Muitas vezes ao ouvir alguém falando “a gente fomos” pensamos nisso como erros de português, e o autor nos mostra que os “erros de português” não existem, existem sim erros de ortografia. Enfim, democratizar é derrubar os preconceitos e idéias fixar a respeito da língua, que mantemos há muito tempo. Idéias que muitas vezes são ensinadas na escola.
O autor derruba oito mitos muito presentes em nossa língua. Que muitas pessoas acreditam neles. Os oito mitos derrubados ao longo do livro são:

1°: A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente.
É inegável que o português sofre variações regionais, culturais e sociais, impor a língua portuguesa como uma única e invariável, uma homogeneidade é negar essa variabilidade.
Devemos aceitar que o português sofre sim variações em todo o país, na gramática ou na pronuncia. E nem por isso deixa de ser errado.

2°: Brasileiro não sabe português/ só em Portugal se fala bem português:
Esse mito reflete o nosso complexo de inferioridade da relação colonizador x colônia. Como colônia recebemos sim a língua de Portugal, mas também recebemos influências do inglês, tupi guarani e francês.
Entre o Brasil e Portugal há diferenças nas palavras e na pronuncia, e isso não significa que um está correto que o outro.

3° Português é muito difícil:
Todos nascemos num país que fala português, aprendemos desde que nascemos. Somos rodeados por essa língua. As pessoas têm essa idéia levando em conta as regras gramaticais e não a língua.

4° As pessoas sem instrução falam tudo errado:
Devido à idéia de unificação e homogeneidade do português qualquer alteração da pronuncia é vista como errada, considerada falta de instrução, ignorância. Mesmo que a pessoa troque algumas letras (ex. placa por praca) isso não impede o nosso entendimento

5° O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão:
Esse mito surgiu devido ao constante uso do pronome tu, na fala do maranhense, e o tudo é muito usado na linguagem portuguesa (isso nos lembra o mito 2). Pronome que já está entrando em desuso, sendo substituído por você.
Como o português sofre variações regionais não tem como definir o estado que fala melhor. Cada um fala a sua maneira, mas todos falam português.

6°O certo é falar assim porque se escreve assim:
Mesmo que escrevamos uma palavra de uma maneira, não tem como obrigar todos a falarem da mesma maneira que é escrita. Pois cada estado tem a sua maneira de pronunciar determinadas silabas, não significa que a pronuncia diferente é errada. A gramática nos orienta na maneira de escrever e não pode nos dominar na maneira de falar.

7° É preciso saber gramática para falar e escrever bem:
Se isso fosse verdade os maiores escritores saberiam a gramática de trás para frente. O próprio Machado de Assis abriu a gramática de seu sobrinho e descobriu que não entendia nada ali. Seguir totalmente a gramática é homogeneizar o portugues.

8° O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social:
Se isso fosse mesmo verdade, professores de portugues e lingüistas estariam no topo.A ascensão social está mais ligada a questão social do que a língua. 

Em minha opinião preconceito lingüístico é desvalorizar as variações que nossa língua sofre, e querer utilizar apenas a língua formal. Descriminar as variantes e querer adequar o português com o usado em outros paises.
A sociedade brasileira chega a ser pouco democrática porque não valoriza as contribuições que as variações lingüísticas trazem a nossa língua. Tentam generalizar a língua, querem que todos falem um português sem variações, totalmente igual à gramática. O que foi comprovado ser impossível.
 

domingo, 17 de junho de 2012

Bizarro: Jackie, o estripador era uma mulher

Mesmo se passando mais de um século, a identidade do mais famoso serial killer ainda é desconhecida.
Já assisti vários documentários, li dúzias de reportagens e cada um diz uma coisa sobre o famigerado assassino. Mas o historiador John Morris lançou um livro com uma tese polêmica: Jack, o estripador era, na verdade, uma mulher. Por mais surpreendente que isso  possa parecer, a tese é bem interessante e há fatos apontados por ele bem interessantes:
Na obra Jack the Ripper: The Hand of a Woman (Jack, o Estripador: a Mão de uma Mulher), ele afirma que Lizzie Williams (foto) era a autora dos crimes cometidos na cidade inglesa de Whitechappel em 1888.


Lizzie não podia ter filhos, então matava as vítimas e arrancava-lhes o útero, Sir John Williams, marido de Lizzie, era médico e também participou de alguns desses crimes, isso explica a precisão dos cortes e conhecimentos médicos que a polícia da época apontou nas cenas do crime.
 A alegação do autor é que os objetos de uma das vítimas foram deixados de "maneira feminina" na cena do crime, também dá ênfase a outros indícios: botões de um sapato feminino na cena de um dos crimes e resquícios de uma capa, uma saia e um chapéu femininos nas cinzas de uma das vítimas - que não vestia nenhuma dessas peças. 
As pesquisas foram feitas por Morris e seu pai em diversos registros médicos e policiais da época.
No total, cinco mulheres foram assassinadas - todas eram prostitutas na região de East End, em Londres. Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly foram mortas em um período de dez semanas e todas tiveram o útero arrancado - para Morris, um índicio crucial e sempre ignorado na elucidação dos crimes.

Pode parecer estranho, mas pelo fato dela não poder ter filhos isso pode ter despertado um problema mental, fazendo com que a mesma tentasse se vingar daquelas que podiam gerar filhos.

Verídica ou não, essa polêmica história servirá para reacender  a discussão e aumentar o número de teses sobre esse mistério.

Fonte: Yahoo notícias

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Resumo de Filosofia

Gente, a Bruna me emprestou o caderno dela (que tá completo) e fiz um resumão para salvar:



Sócrates:
 

Critica aos sofistas: preferência pela verdade ao conhecimento.
Pólis ateniense: Sócrates faz a popularização do conceito de filosofia. Para ele a beleza da alma é a sabedoria.
·         A ética é o ponto de partida para a teoria da justiça socrática, para ele ciência e bem confundem-se, só se faz o mal por ignorância sendo praticado de forma involuntária, o caminho da ciência é o caminho da virtude. Sócrates não acreditava no conhecimento, era favorável a polis ateniense democrática.
·         Era Platão quem escrevia os diálogos de Sócrates: diálogo desenvolvido em uma cela onde Sócrates está preso foi preso pelos crimes de introdução de deuses e corrupção a juventude. Debate = ciência x daimon (demônio) no fim do dialogo ele se afasta da polis ateniense.
·         Não considerar a opinião de todos, mas somente de pessoas racionais, esse afastamento não significa desconsideração, é afastar de um conceito que tem outra opinião.
·         Diálogo entre Sócrates e as leis da Republica Grega: As leis exigem seu obedecimento, mas podem ser modificadas pela persuação, em processo democrático: Socrates demonstra concordar com as leis e com a maneira com que elas administram a justiça. As leis permitem que o sujeito saia de Atenas caso não concorde com a forma de administrar a justiça, caso concorde com essa administração o sujeito deve se tornar súdito destas leis.
·         Ele não critica as leis e sim a injustiça, ele não recorre a justiça do direito natural e expõe que o sistema do direito positivo é que estrutura suas decisões. Separa a justiça e a validade das leis.


Platão:


A justiça fundada na ordem, a justiça só se faz quando segue determinada ordem.
·         A idéia diretriz do pensamento ético de Platão, na qual entrecruzam-se o significado de ética e mitos, é a idéia de ordem.
·         Analogia: A idéia de ordem exprime uma proporção, Platão estabelece uma relação analógica entre as partes da alma e nas virtudes entre a alma e a cidade.
·         Desenvolvimento da justiça e seus problemas:
A discussão da justiça na república foi a ocasião aproveitada por Platão para transpor a um terreno metafísico, na herança socrática ele busca a concepção verdadeira dos sofistas, a verdadeira concepção de justiça. É levado a ampliar a discussão de sorte e desenhar uma visão grandiosa da ordem na cidade e no individuo, unidos pelo laço da analogia.
·         Fundamento: O conhecimento da ordem implica o conhecimento do bem.
Do conhecimento do bem deriva o conhecimento das realidades a serem ordenadas.
Bem: unidade ordenada
Mal: Multiplicidade desordenada
O bem e o mal na verdade não existem.
·         Filosofia política: Descrição de uma polis que seja a imagem de uma polis ideal, na qual a ordem passa ordenar.
·         Antropologia: mostra como se reflete na estrutura da sua alma individual a ordem da cidade cidade justa.
·         Estrutura da alma segundo a analogia com a Ppolis: modelo tricolônico da alma polis.
·         Função do governo: racional – sabedoria guardiões filósofos.
·         Função de proteção usável: coragem, guardiões, soldados.
·         Função de garantia do sustento: Trabalhadores.
·         Ontológio: inquirir acerca do fundamento ultima da idéia de justiça: idéia do bem. Caminho para o conhecimento do bem para educação dos filósofos.

Definição de justiça para Platão: Justiça é executar a própria tarefa dada por natureza e não se meter na tarefa alheia. Criticas a polis ateniense e busca do conceito de justiça.
Argumento das República: Sofistas: O inicio, a justiça é usada para deter o poder dos mais fortes.
Platão: Justiça coletiva ultrapassa a realidade, a justiça surge como equilíbrio para manter a ordem na polis, Platão é contra a democracia, na polis ideal homens e mulheres estão no mesmo patamar.



Bizarro: A Síndrome de Jonas

Queridos, perdoem-me pela ausência prolongada.
Mas a faculdade está me matando, e tive pouco tempo para tudo. 
Mas agora com as férias poderei me dedicar mais ao blog.

Particularmente não  acredito nessa história de azar nem destino, mas achei essa história muito interessante.
A Síndrome de Jonas é uma manifestação estranhíssima de azar na qual os portadores tornam-se focos de eventos trágicos, e permanecem imunes em meio a catástrofe (Alguns me dirão: "não é azar ", calma que estou só começando).
De maneira inexplicável essas pessoas trazem doenças e acidentes ás pessoas com as quais convivem.
O caso mais famoso de um portador desta síndrome é a Mary Tifo, estima-se que tenha causado a morte de aproximadamente quarenta mil pessoas.

http://img695.imageshack.us/img695/2157/mallonmarythm1778456.jpg 
(Mary Tifo)

  Em 1906 várias pessoas de famílias ricas de Nova York foram atacadas pelo tifo, atualmente a doença não é tão grave, mas na época era, e as autoridades precisavam investigar, descobriram que uma mulher chamada Mary trabalhava como cozinheira em todos os lares afetados, essa mulher era inexplicavelmente imune ao tifo.
Após exames, inspeções, os agentes de saúde chegaram a conclusão que ela era a causa de disseminação da doença e Mary foi aprisionada em uma solitária por três anos.
(Vale ressaltar que a mesma não cometeu crime algum, pois a transmissão de doenças só é punida se for moléstia grave e transmitida a outrem dolosamente, e a pobre Mary nem mesmo tinha a doença.
A causa de sua prisão foi medida sanitária e creio que também devido ao clamor social).

Após esse tempo, conseguiram sanar os casos e com a realização de inumeros testes, Mary foi posta em liberdade, sob a condição de nunca mais trabalhar como doméstica, mas infelizmente a promessa não foi cumprida, e cinco anos depois uma nova epidemia de tifo surgia no município de Sloanne, e Mary foi descoberta trabalhando nas cozinhas sob outra indentidade.

Como sabemos, por ter violado uma condicional, dessa vez não houve jeito para Mary e a mesma passou o resto de sua vida presa em uma solitária, considerada uma das maiores assassinas infectantes.

Seria apenas uma triste coincidência, ou ela era portadora de uma força ainda desconhecida pela ciência?